sábado, 3 de março de 2007

“ACCORD PARA OS PROBLEMAS”

“ACCORD PARA OS PROBLEMAS”

Roteiro de Fábio P. dos Santos & Jefferson Fuckner



CENA I
FADE IN:


EXT. – RUA - TARDE


Era tarde de quarta-feira, o dia estava nublado, havia um movimento cotidiano de pessoas que compravam nas lojas da rua, quando pára num ponto da Avenida Barão do Rio Branco em São Francisco do Sul, um ônibus da viação Verdes Mares que vinha de Joinville. Dentre os passageiros desce Jefferson Fuckner que por coincidência encontra seu amigo Gilson Pinheiro (Branco) passando pelo local e que logo vem a seu encontro com um sorriso no rosto.

Branco
(exclama)
Jefferson! Quanto tempo?

Jefferson
(espantado com a surpresa)
Fala Branco, tudo bem?

Branco
Está de volta?

Jefferson
(abraçando Branco)
Voltei pra terrinha, meu amigo.

Branco
(diz enquanto começam a andar sentido centro)
Mas que ótima notícia!

Jefferson
Já estava morrendo de saudades do povo daqui.


Branco
E em Goiânia, não é bom?

Jefferson
Ah, lá é bom, mas não é a mesma coisa, né. Lá o povo é alucinado por música, coisa que você sabe, é o meu fraco, né?

Branco
E a Kethelyn e o Tiago, estão lá?


Jefferson
Não, eles já vieram na frente. É que ela recebeu uma proposta de trabalho que não deu pra recusar, e eu fiquei pra resolver a minha rescisão, mas agora estou aqui, e
isso é o que importa.

Branco
Mas me conta, você disse que lá o povo é alucinado por música?

Jefferson
(Risos ao final)
Pois é, lá tem muita gente cantando. Os cultos de Sábado
parece mais programa musical.

Branco
É mesmo?

Jefferson
E aqui? Como está a música?
Soube que tem muita gente nova e boa de voz?

Branco
Pois é meu amigo, as coisas por aqui estão meio difíceis, tem muita gente boa, mas o inimigo tem trabalhado muito para que a música em nossa igreja falhe, e vou te dizer, ele tem conseguido, viu. Já não tem música nem nos cultos de Sábado, a não ser quando vêm cantores de fora.

Então os dois param por um instante e Jefferson olha perplexo para Branco

Jefferson
Branco, o que você está me dizendo é que vocês desistiram, meu amigo.

Branco abaixa a cabeça balançando como se tivesse concordando enquanto sente vergonha da situação que estão passando.

Jefferson
Isso não pode ficar como está. Vamos dar a volta por cima, vamos mostra que ele não é mais poderoso que Deus, e que a música em nossa igreja não vai morrer. Temos que juntar o pessoal e colocar música novamente nos programas da igreja. O que você acha?

Branco, percebendo a animação de Jefferson, começa a se entusiasmar com a idéia.

Branco
(pegando no braço de Jefferson)
Então eu vou te dizer o que fazer, você vem comigo hoje a noite na reunião do Pequeno Grupo na casa do Zé Eliseu pra conversarmos e de repente até cantarmos um pouco. Pode ser?

Jefferson
Combinado então, mas tem um problema, estou à pé por enquanto.

Branco
Não é mais problema, te pego as 19:30h.

Jefferson
Ok, até a noite então.

E então se despedem e Jefferson continua andando em sentido ao centro onde é sua casa e Branco desvia o caminho.

CENA II
SERIES OF SHOTS

A) Fim de tarde com movimento intenso da cidade

B) Trânsito na Avenida Barão do Rio Branco

C) Lindas imagens de pôr-do-sol

D) São Francisco ao anoitecer

E) O movimento no posto San Remo

F) Fachada da casa de Zé Eliseu

FADE OUT:


CENA III


FADE IN:


INT. – CASA DE ZÉ ELISEU – NOITE

Ao anoitecer, Branco e Jefferson chegam na casa de Zé Eliseu, Branco bate na porta e alguém do grupo abre, os dois entram, recebem cumprimentos e são convidados a participar da reunião.

Branco
Boa noite pessoal, eu trouxe uma visita para participar da reunião conosco.






(sorrindo)
Oi Branco! Jefferson que surpresa agradável, que bom que veio? Fique à vontade e sinta-se em casa.

Jefferson
Boa noite Zé, boa noite pessoal, é um prazer estar aqui depois de tanto tempo.


Jefferson, você pode sentar aqui.

Todos se cumprimentam e iniciam o culto.

CORTA PARA:


CENA IV


INT. CASA DE ZÉ ELIZEU – QUARTO DE ZEZINHO - NOITE

Enquanto acontece a reunião, o filho de Zé Elizeu, conhecido por Zezinho, em seu quarto se prepara para sair.


CORTA PARA:



CENA V


INT. CASA DE ZÉ ELIZEU – SALA - NOITE

Ao término da reunião, todos se despedem e Branco fala ao Zé Eliseu que gostaria de conversar com ele, então os três se sentam novamente.

Branco
Zé, o Jefferson e eu viemos aqui hoje para conversar com você sobre música na igreja, você tem um tempinho pra nós hoje?


Mas claro que sim, aliás, é muito bom que alguém se interesse por música, faz algum tempo que ninguém me procura pra falar de música.

Jefferson
Zé eu soube pelo Branco que está faltando música na igreja, e eu tive a idéia de formar um grupo, quarteto ou até mesmo um trio pra cantar, porque eu acho que a música na igreja é fundamental para manter os jovens na igreja.


Pois é, eu concordo com você, mas o problema aqui em São Francisco, é que os dirigentes das programações já desanimaram de procurar alguém pra cantar, porque ninguém mais quer cantar em nossa igreja.

Branco
Zé, o Jefferson veio com muitas idéias boas, e eu acho que se nós nos juntarmos novamente e batalharmos um pouco, tenho certeza que podemos mudar essa situação.

Jefferson
Eu estou pensando em formar um grupo e chamar vários jovens pra cantar, para darmos oportunidades para eles participarem e não ficar somente três ou quatro pessoas cantando.

Enquanto conversam, Zezinho sai de seu quarto com uma pasta na mão, a fim de sair, quando é interrompido por seu pai.



Filho, vem aqui um pouquinho, olha quem veio nos visitar.

Zezinho
(olha surpreso)
Jefferson, quanto tempo! Veio matar a saudades da galera?

Jefferson
(sorrindo)
Rapaz, faz tempo mesmo, heim?



Filho, o Jefferson veio nos convidar para participar com ele e Branco de um grupo de música...

Ao perceber que o pai iria novamente tocar no assunto de música, Zezinho então interrompe olhando no relógio e levantando como quem está com pressa.

Zezinho
Pai, agora não dá, estou atrasado, depois nós falamos sobre isso! Jefferson foi um prazer te encontrar, tchau Branco.

Então sai em passo apressado, deixando seu pai um pouco triste. Então Zé começa a contar aos dois, o que está acontecendo com seu filho.


(triste)
O Zezinho tem um grande talento musical que vocês já conhecem, mas agora ele está passando por uma fase meio difícil, sabe? Ele está cantando em um bar quase todas as noites com a desculpa de que ninguém dá emprego pra ele. E a culpa é minha que cedi as primeiras vezes e agora não tenho como cobrar dele.


Jefferson
Zé, não desanime, nós vamos dar um jeito, vamos orar e colocar na mão de Deus, e quando ele sentir que deve mudar, terá sua vaga no grupo.

E então eles se abraçam e em seguida começam a planejar quem irão convidar para fazer parte do grupo.


FADE OUT:


CENA VI

FADE IN:
INT. – PREFEITURA - DIA

No dia seguinte Jefferson encontra-se com Sara casualmente no hall de entrada da prefeitura e expões seus planos de montar o Accord Vocal.
Jefferson
E aí, Sara! tudo bem?

Sara
(com espanto)
Jefferson! Quanto tempo! Já estou sabendo que você voltou pra ficar?

Jefferson
(risadinha)
Puxa, já saiu no jornal da cidade?
Sara
O que tu veio fazer aqui na prefeitura?
Jefferson
Vim aqui atrás de trabalho, mas ainda bem que te encontrei, assim aproveito pra te convidar pra um projeto muito legal que eu e o Branco estamos desenvolvendo.

Sara
Ah é? Vem até minha sala e me conta logo que já estou curiosa...

CORTA PARA:

CENA VII


INT. – CASA DE ELIANE – DIA

Enquanto Jefferson e Sara se dirigem pra sala, Abnal chega com passos apressados e entra sala adentro todo contente contando a novidade para sua namorada.
Abnal
(sentando no sofá)
Eliane! Eliane! Tenho duas noticias muito boas pra te contar. Qual você quer primeiro?

Eliane
(espantada)
Calma paixão, que loucura é essa respira, senta aqui e me conta com calma.
Abnal
Então! a primeira notícia é que o Jefferson voltou pra ficar e está montando um grupo e um quarteto!

Eliane
A é, que legal...

Abnal
(cortando Eliane)E advinha só, eu fui convidado pra cantar...


Eliane
(decepcionada)
Bacana, estou feliz por você, sempre quis cantar com ele.
Abnal
Quer a outra boa notícia?
Eliane
Ah é, qual é a outra...
Abnal
(faz suspense)
A segunda notícia é que eu só aceitaria se você cantasse junto e adivinha, ele aceitou!

Eliane
(pulando de alegria)
Que notícia ótima...
(sussurrando)
Fala baixo porque meu pai ta em casa...

Abnal
(sussurrando)
Na verdade ele me disse que seu nome já estava na lista...
E eles se abraçaram felizes da vida. Sem perceber o pai de Eliane entra na sala secando uma panela que estava lavando.

Pai Eliane
Eu escutei vocês falarem de música?

Eliane e Abnal se soltam com o susto de não terem visto o homem se aproximando e se entreolham assustados.

Eliane
(gaguejando)
Não, nada pai, era outra coisa...

Pai Eliane
Nada não, eu escutei muito bem, vocês estavam falando de cantar num grupo ou sei lê o que, você já sabe o que eu penso sobre você cantar nesses grupos de igreja, não sabe ?

Eliane
Ta pai, eu sei, fica tranqüilo...

Então o homem volta para a cozinha com um olhar intimidador, enquanto Abnal e Eliane disfarçam o olhar e continuam as comemorações meio tímidos.



FADE OUT:


CENA VIII


FADE IN:

INT. – PREFEITURA – SALA DE SARA - DIA


Jefferson entra na sala de Sara olhando com ares de quem fica impressionado com o crescimento profissional da amiga.


Jefferson
Que chique heim!Sala própria e tudo... (risos)

Sara
Ai Jefferson, para de enrolar e conta logo, que projeto é esse que vocês estão fazendo...

Jefferson
Então, vamos direto ao assunto. Estamos convidando algumas pessoas para montar um grupo vocal e pensamos em você para cantar o contralto. O que você acha?



Sara
Ai que legal, claro que topo e quem são os outros,

Jefferson
Ah, é surpresa, vai saber só no primeiro ensaio.
Sara
Não acredito que tu vai fazer isso comigo, quando é o primeiro ensaio?

Jefferson
É sábado as 15 h, e seja pontual, você já me conhece, né... rs

Sara
Beleza, vou estar lá.

FADE OUT:

CENA IX

FADE IN:


INT. – IGREJA – NOITE

Sexta a noite o quarteto está terminando a última música do ensaio (Sim Eu Creio).


Nada melhor que cantar num quarteto, heim pessoal?

Jefferson
E o que você acha de cantar no grupo também?

Olha gente, eu prefiro mais um quartetinho, fica muito pesado para eu participar de dois grupos... desculpa Jefferson!



Jefferson
Sem problema meu amigo, depois não diz que não te convidei, já que é assim pelo menos ora pra gente ir pra casa dormir.
Então todos se juntam em um circulo e Zé faz uma oração bem curta e quando acaba eles se despedem, Abnal e Zé saem conversando sobre o ensaio e Jefferson e Branco um pouco atrás saem conversando no corredor.

Jefferson
(abraçando Branco)
Branco a gente precisa conversar, estou preocupado.
Branco
Claro, vamos conversar, o que está te preocupando...
Jefferson
Amanhã temos ensaio do grupo e está faltando um contralto.
Quem a gente pode convidar?

Branco
Pois é Jefferson, agora não estou lembrando de ninguém. Vamos fazer assim meu querido, vamos orar e amanhã a gente procura alguém na igreja. Vamos deixar que Deus decida.

Jefferson
Boa idéia, então vamos orar agora mesmo.
Então Jefferson e Branco se ajoelham para oram.


FADE OUT:

CENA X

FADE IN:


INT. – IGREJA – DIA

Sábado pela manhã estão Jefferson e Branco sentados acompanhando a programação e procurando quem poderia ser convidado, ao fundo começa uma música, eles não percebem que alguém começa a cantar, na segunda frase da música espantam-se com a voz de Kecelyn e se entreolham, com ares de que acharam o a voz que faltava.


FADE OUT:


CENA XI

FADE IN:


INT. – CASA DE SARA – DIA

Minutos antes do ensaio Sara, em sua casa, está no sofá descansando do almoço ao lado de seu namorado Eduardo e pede a ele para levá-la na igreja para ensaiar, Eduardo olha para ela com expressão de quem não gostou muito do que havia escutado.
Sara
Eduardo você poderia me levar na igreja.. Vai ter um ensaio do grupo agora as 15 h

Eduardo
Ensaio!!! Grupo!!! Quando você ia me contar?
Sara
Foi essa semana que o Jefferson me convidou, não tive oportunidade de te contar...
Eduardo
Ta! tudo bem, vim de Garuva só pra ficar com você, mas eu te levo na igreja! Sem problemas.

FADE OUT:

CENA XII

FADE IN:

INT. – IGREJA – DIA

15 minutos após a hora marcada, Jefferson começa a ficar impaciente com a demora de Abnal e Eliane.
Jefferson
(olhando no relógio)
Pessoal, vamos começar sem os dois mesmo, pra não atrasar muito...
Enquanto Jefferson fala Abnal e Eliane entram na igreja com passos apressados.
Jefferson
Abnal, já ta na hora de trocar de moto, essa está ficando muito lento.
Abnal
(em tom de brincadeira)
Foi mau gente, desculpa aí não foi de propósito.
CORTA PARA:


CENA XIII


INT. – IGREJA – ESCADARIA – DIA

Enquanto Evandro subia a escadaria da igreja depois de uma reunião com a diretoria JA, escuta uma música que vem da nave da igreja. Pergunta ao amigo ao seu lado que responde com a cabeça negativamente.

Evandro
Você está ouvindo? Nossa quem ta cantando?

Ele para na porta para ouvir o final do ensaio do grupo e então decide entrar e falar com Jefferson.
Evandro
(sorrindo ao final)
Pensei ter ouvido anjos cantando, nossa, que lindo!

Jefferson
Viu pessoal, pelo menos já agradou o diretor JA.

Todos se divertem, rindo com a brincadeira.

Evandro
(andando em direção ao grupo)
Esse grupo chegou em boa hora, sabiam? Estávamos decidindo na reunião da diretoria jovem fazer um programa musical com cantores de outras igrejas para animar e incentivar os nossos jovens. O que vocês acham de inscrevermos o grupo?


Jefferson
Quando é a programação?

Evandro
Nós marcamos para daqui a dois sábados, o que você acha? Dá tempo?

Jefferson
Uma música, acho que dá, o grupo está se saindo muito bem.

Evandro
Está combinado então, vou fazer a inscrição de vocês.

Evandro se despede de todos e se retira.




Jefferson
Gente! precisamos de alguém pra solar esta música, é muito aguda para mim e tem que ser 1º tenor, eu e o Branco não servimos.

Branco
Então quem a gente podia convidar? Já que não podemos contar com o Zezinho por enquanto?

Abnal
Hei pessoal! Olha o Eduardo sentadinho ali sem fazer nada, o que vocês acham de testarmos a voz dele?

Jefferson
É uma idéia! Eduardo, topa fazer um teste?

Eduardo
(levantando animado)
Claro, é pra já!

Então Eduardo levanta e vai junto ao piano e começa o teste.


FADE OUT:


CENA XIV

FADE IN:

INT. – CASA DE ELIANE – DIA

Ao chegar em casa, Eliane se despede do namorado que está de moto e entra em casa. Ao chegar na sala encontra o pai assistindo TV e ao entrar no quarto ouve seu pai perguntar.

Pai Eliane
Por onde andou?


Eliane
Fui com o Abnal lá no centro

Pai Eliane
Espero que não tenha ido lá naquela igreja dele pra cantar...

Ao escutar o que o pai havia dito, afasta-se da porta onde estava e revida seu pai com uma pergunta.

Eliane
(alterando a voz)
E se eu tivesse ido, o que tem de errado? Por acaso eu to fazendo algo que não devia?

Enquanto Eliane fala, o pai levanta do sofá com feição de raiva por ter sido retrucado pela filha.

Pai Eliane
Então é verdade... você foi lá naquela igreja pra cantar...

Eliane
E o que tem demais em cantar?

Pai Eliane
(levantando do sofá)
Eu não quero que você volte mais naquela igreja, ouviu mocinha ?

Eliane
(sarcástica e voz alta)
Naquela igreja? Como assim naquela igreja? Quando a mãe era viva, você era até diretor de escola sabatina, e agora você diz naquela igreja ?

Pai Eliane
(irritado)
Já disse pra você não tocar mais nesse assunto, nós já conversamos.




Eliane
(com lágrimas nos olhos)
Que assunto, o da mãe ou da música? Quer saber, a igreja não tem culpa por que a minha mãe morreu, você devia saber disso. E eu vou cantar mesmo que você não aceite, porque era o que a MINHA MÃE queria. Ta?

E então num momento de ira o homem se descontrola perante as palavras que sue filha havia dito e desfere em seu rosto um tapa. Então há um silêncio. Em seguida ao perceber o que tinha acabado de fazer, olha com lágrimas nos olhos pra sua mão e tenta entender o que havia acontecido, quando Eliane irrompe com um grito.

Eliane
(chorando e gritando)
EU TE ODEIO...

Então sai correndo de casa deixando seu pai, que debruça sobre a mesa e num desabafo joga tudo o que está sobre a mesa ao chão.
cena xv
SERIES OF SHOTS
A) Eliane na praça chorado.

B) Pai de Eliane no sofá de casa pensativo.

C) Navios no porto em trabalho.

D) Pessoas andando nas calçadas.

E) Movimento no hospital.

F) Jefferson deixando Kethelyn no hospital.


FADE OUT:


CENA XVI

FADE IN:

EXT. – HOSPITAL – DIA

Passado semana, Jefferson, após deixar sua esposa no trabalho, desce o morro do hospital, quando ao passar em frente a uma loja de música (Rockilha) percebe que Zezinho está com seu parceiro de musica escolhendo alguns instrumentos, então resolve parar o carro para conversar.
Jefferson toca a buzina e Zezinho ao vê-lo pede licença ao seu amigo e vai ao seu encontro.
Zezinho
(meio desconfortável)
Fala Jefferson tudo bom, que anda inventando por essas
Bandas?

Jefferson
Fui deixar a mulher no trabalho e vi você aí na loja e lembrei que precisava muito
falar contigo.

Zezinho
(com ar de espanto)
Comigo? Fala, fala.

Jefferson
Entra aí e escuta essa música.
Zezinho entra no carro sentando no banco do carona com a porta aberta e Jefferson aumenta o som do carro... Zezinho ouve por uns instantes e começa a cantarolar junto...
Jefferson surpreso, olha pra Zezinho e pergunta..

Jefferson
Você conhece essa música?

Zezinho
Claro que conheço, cara, é muito boa essa música.

Jefferson
Então fechou o que eu queria...
Zezinho
E o que exatamente você queria...

Jefferson
Estás sabendo que eu montei um grupo?

Zezinho
Acho que o pai comentou alguma coisa...

Jefferson
Então, fomos convidados para cantar num programa musical na igreja daqui a 2 sábados, e essa é a música que vamos cantar...

Zezinho
Pô, legal, eu vou até assistir!

Jefferson
Só que tem um problema meu amigo, o cara que ta fazendo o solo está com dificuldades de alcançar algumas notas muito agudas, e Eu sei que tu consegue...


Zezinho da uma risada amarela, quando seu amigo se aproxima do carro e chama sua atenção.


Amigo de Zezinho
Zezinho, achei o que estava procurando, vamos lá testar, que eu estou com pressa!

Zezinho
(com pressa)
Cara, depois a gente conversa eu tenho que resolver isso urgente...
Mas, assistir ao grupo cantando, eu vou com certeza...

Jefferson com ares de decepção pensa.

Jefferson
(pensando)
“Ainda consigo convencer ele de cantar com a gente...”

Então vai embora. A música do carro se transforma em fundo musical enquanto Zezinho sai da loja com seu amigo, andando pelas calçadas. Jovens o reconhece fazendo-o parar para tirar fotos, cumprimentá-lo e abraçá-lo.

CORTA PARA:

CENA XVII a

INT. – IGREJA – NOITE

Já na igreja o conjunto está ensaiando.


CORTA PARA:

CENA XVII b

INT. – SALÃO DE BAILE – NOITE


Zezinho está dando um show num salão da cidade.


CORTA PARA:

CENA XVII a

INT. – IGREJA – NOITE


O pai do Zezinho chega ao ensaio e pede para que orem pelo filho. Todos se ajoelham.


CORTA PARA:

CENA XVII b

INT. – SALÃO DE BAILE – NOITE


Ao término do show Zezinho sente que algo mudou desde a última conversa com o Jefferson, ele pega um panfleto de seu show que está entre o lixo que sobrou da festa e começa a refletir no que seu amigo havia falado. (flash back da última conversa “...Eu sei que tu consegue...”)
Seu amigo de palco percebendo o seu baixo astral pergunta.

Amigo de Zezinho
E aí, que foi, não gostou do show, tu cantou pra caramba.


E ele continua cabisbaixo.

FADE OUT:


CENA XIX


FADE IN:

INT. – CASA DE ELIANE – DIA

Eliane está vestida de calça jeans para dissimular uma saída normal com Abnal e desviar a atenção do pai. O pai de Eliane entra no banheiro, liga o chuveiro. Escuta o som do chuveiro ligado. Ela aproveita para trocar de roupa e colocar o vestido apressadamente para cantar na igreja. E grita para o pai.


Eliane
Pai, estou saindo com o Abnal, vamos na sorveteria...

Pai Eliane
Tudo bem, tu já sabe a hora de voltar...

Eliane sai rapidinho de casa e entra no carro do abnal...


CORTA PARA:


CENA XX


INT. – IGREJA – SALÃO DOS JOVENS - DIA

O grupo dá uma passada na música no salão dos jovens antes de se apresentar. Eduardo está nervoso e preocupado, ele tenta mas não alcança uma nota aguda na música e chama Jefferson num canto separado.
Eduardo
Jefferson, não tô conseguindo alcançar a nota.
Jefferson
Agora não tem como voltar atrás, meu amigo! Vamos ter que cantar assim mesmo.
Eduardo
(suspira)
Ah, tudo bem então, vamos lá, que Deus me ajude.


CORTA PARA:

CENA XXI


INT. – IGREJA – NAVE PRINCIPAL - DIA

Jefferson conversa com Zezinho no banco onde ele está sentado, entrega um microfone sem fio e diz.

Jefferson
(sussurrando)
Zezinho, o microfone está aí, a hora que tu quiser é só cantar, o Eduardo vai estar de olho e vai deixar tu cantar. É tu quem sabe...

Jefferson sai em direção do palco, dá uma olhada para trás na esperança de ver Zezinho se levantar. Zezinho deixa o microfone de lado.


CORTA PARA:


CENA XXII

INT. – CASA DE ELIANE – DIA

Toca o celular do pai da Eliane, são amigos convidando-o para sair.

Pai Eliane
(ao telefone)
Alô... fala cara... no bar do Júnior? Beleza... em frente a sorveteria? Sei... Mas tu sabe que eu não bebo, não sabe? Ah! Tudo bem, se é só um dominó eu vou então... até mais...

CORTA PARA:


CENA XXIII

INT. – IGREJA – NAVE PRINCIPAL - DIA


O grupo está no palco e fica esperando até que o sonoplasta toque a música.

CORTA PARA:

CENA XXIV

EXT. – CENTRO DA CIDADE – DIA

O pai de Eliane passa em frente a sorveteria que a Eliane disse que ia com Abnal, não vê nenhum dos dois nem o carro do Abnal, fica nervoso e sai pela cidade a procura dos dois.


CORTA PARA:


CENA XXV
INT. – IGREJA - DIA

A música começa, e Zezinho ao escutar a letra inicial da música, deixa escapar uma lágrima que corre em seu rosto.
Eduardo semitona na parte (entrega teu caminho ao senhor CONFIA NELE e o mais ele fará). Zezinho é tocado, olha o microfone e pega, levanta do meio da igreja e continua cantando (é este o sucesso verdadeiro), pessoas se comovem e começam a chorar, outras ficam alegremente espantadas com o que vêem, Kethelyn fica empolgada e explode de alegria ao lado da Nani. O diretor JA está com as mãos em posição de oração, irradia felicidade.


CORTA PARA:

CENA XVI

EXT. – IGREJA – DIA

O pai da Eliane passa em frente a igreja e vê a moto do Abnal, freia bruscamente e estaciona, entra no pátio e ao escutar trechos da música ao fundo começa a passar um flash-back com fotos do passado quando Eliane era pequena.


CORTA PARA:

CENA XVII

INT. – IGREJA - DIA

O grupo está terminando a música e o pai da Eliane aparece na porta da Igreja com lágrimas nos olhos por ver sua filha cantando.
Eliane vê o pai e mesmo estando no meio de uma comoção que acontece no palco pela decisão do Zezinho, fita os olhos espantados no pai e começa a chora e sorrir ao mesmo tempo por perceber que seu pai estava emocionado.


FADE OUT.


“ACCORD PARA OS PROBLEMAS”

Roteiro de Fábio P. dos Santos & Jefferson Fuckner

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Filmagem do Roteiro Abaixo - No Dia do Senhor

Olá amigos,

Abaixo o link do curta que foi feito seguindo o roteiro que postamos um tempo atrás. Não colocamos no Youtube porque ele passa de 10 minutos então podem fazer o download.

No Dia do Senhor

terça-feira, 2 de janeiro de 2007

NO DIA DO SENHOR

SEQUÊNCIA 01

André estava sentado no sofá da sala da casa de João assistindo TV, quando entra João meio chateado jogando um molho de chaves “mixa” sobre a mesinha da sala que continha, uma arma, cinco celulares, uma garrafa de cerveja e dois copos, e desabafa:

JOÃO

To cheio de puxar carro, irmão. Temo que achá outro jeito de fazê grana.

ANDRÉ (tomando cerveja)

Demorô, drão! Firmeza...
E aí oque que vai rolá?

JOÃO

Ah, sei lá irmão, de repente um fumo pra acabá com essa pedra que tá matando tudo os truta que a gente conhece...

Ele é cortado por um telefone que toca sobre a mesa.

JOÃO

Fala!

TELEFONE

Aí! To precisando um vectra daqueles antigos! Sabe qual é, né?

JOÃO

Pode crê!

TELEFONE

Intão! Tem que ser pra ontem.

JOÃO

Demorô! Vamo ae!

E desliga o telefone levantando do sofá, pegando a arma e o molho de chaves. Chama o parceiro que está pegando os capacetes.
JOÃO (olhando pro parceiro)

Vamo ae?

ANDRÉ

Demorô!

SEQUÊNCIA 02

Edson está dirigindo e falando ao telefone:

EDSON

Olha só, eu vou dar uma parada em casa para tomar um banho e te encontro meia hora lá no restaurante!
OK? Té mais então.

Estaciona o carro em frente de sua casa, e na pressa tranca o carro somente com a chave esquecendo do alarme, entra em casa com passos apressados.
Em seguida João e André chegam de moto que é desligada uns metros antes de chegar no carro para não fazer barulho, e André pula antes que a moto pare.
Em segundos ele mixa a porta enquanto João empurra a moto mais a frente. Quando escutam o motor do carro saem com a moto e o carro a toda velocidade.

SEQUÊNCIA 03

O trabalho está normal na oficina em que André chega com o carro. João chega de moto logo atrás enquanto o receptador dá uma volta no carro olhando meio descontente e limpando a mão com uma estopa. Chega próxiom a João que está tirando o capacete.

KIKO (mal humorado)

É!!


Entrega o dinheiro a João que conta e nota que está faltando 500 reais.

JOÃO

Aí irmão ta faltando quinhentão aqui!!!

KIKO

É pela cor, eu preciso de branco.

JOÃO (devolvendo o dinheiro)

Dá nada irmão.
André! Entra aí! Deu treta.

KIKO (com dinheiro na mão)

Pera ae! Pera ae!

Os dois se entreolham num instante de suspense e KIKO volta atrás.

KIKO

Foi mal ae. Toma aqui, eu me viro com a cor.

Kiko devolve o dinheiro com uma quantia a mais.

JOÃO

Falo irmão.

E saem, André e João, de moto.

SEQUÊNCIA 04

Ao sairem da oficina passam na casa de um conhecido traficante. Batem na porta que abre só uma fresta.
João entrega o dinheiro da venda do carro e recebe um pacote com drogas.

CENAS OFF-SHOT

JOÃO VENDENDO DROGAS A VÁRIOS JOVENS
LEGENDA “Alguns meses depois”.

SEQUÊNCIA 05

João estava deitado no sofá em casa assistindo televisão. Tatiane sai do quarto e tenta dialogar.

TATI

Amor, quero conversar contigo.

JOÃO (levantando do sofá)

Se é aquela ladainha de sempre, nem começa!
TATI

João, tu tem que parar com essa vida. Não leva a lugar nenhum.

JOÃO (indo para tras de Tati)

Ei, já disse pra tu parar com isso.

TATI (chorando)

Tu já é dono de quase todas as bocas de maconha da cidade e olha oque a gente tem. A gente não tem nada. Tudo que tá aqui é sujo. Os móveis são sujos, nossa roupa é suja. João, você não percebe? Você é sujo....

Num acesso de raiva João desfere um tapa co as castas da mao de Tati que faz co que ela caia no sofá enquanto ele grita:

JOÃO

Tu nunca mais fale comigo desse jeito.
Sabe doque mais, vou trabalhar que eu ganho mais;

Ele entra no quarto e pega a carteira e a arma que está obre o criado mudo e deixa algumas balas e sai. Ela vai até a porta depois que ele sai e gritando fala:

TATI (deseperada)

Quando tu voltar eu não vou mais estar aqui.
Eu vou pra casa do meu padrasto.

E bate a porta. Sem perceber que no outro lado da rua está encostado num muro Leonardo, um ex-dono de boca de fumo que João forçou a fechar.

LEONARDO (com um sorriso no rosto)

Ah, é !! Tu fechou meu ponto, agora tu vai me paga.


SEQUÊNCIA 6

Na noite seguinte João chega em casa e encontra a porta entreaberta apesar da luz apagada. Cauteloso abre a porta devagar empunhando a arma na mão esquerda e acende a luz.
Depara-se com uma cena de completa desordem em sua casa e então percebe que tinha sido assaltado.

JOÃO

Meu caramba!!!


Observa a sala e dirigi-se para o quarto.
Quando acende a luz do quarto percebe que seus documentos estão sobre a cama completamente desarrumada e sua carteira vazia.


JOÃO

Cara, roubaram todo meu dinheiro.

Olha o criado e percebe que sumiu o telefone e as munições.
Dá uma última olhada no quarto quando começa a se irritar e esmurra a parede e sai apressado para buscar a Tatiane.

SEQUËNCIA 07

Quando João chega na casa da mãe de Tatiane reconhece o ladrão que está discutindo com o padrasto dela.
Sem nenhuma palavra parte pra cima do meliante que ao perceber o ataque, defende-se esmurrando o rosto de João que ignora totalmente a dor agarrando o rapaz, jogando-o ao chão com um golpe de judô e desferindo alguns socos.
O padrasto de Tatiane corre para separar a briga pois percebe que João está descontrolado.
Tatiane, ao escutar os gritos, sai correndo de casa para ajudar seu padrasto.
Ao conseguir separar a briga, o meliante sai correndo e João grita:

JOÃO

Da próxima vez não vai ser tão fácil não hein.
To falando, da próxima vez não vai ser tão fácil hein.

Mudando totalmente o seu comportamento volta-se para Tatiane suplicando para que ela volte para casa.

JOÃO

Amor, por favor roubaram nossa casa. Por favor, volta pra casa comigo. Eu vou fecha toda as boca de fumo. Eu prometo pra você que eu vo fecha. Eu vou fecha.

TATI

Ai João, que bom João!!!


Abraçam-se reconciliadoramente.

SEQUÊNCIA 08

Ao chegarem em casa, João abre a porta e mostra a desordem em que sua casa se encontra.

JOÃO

Olha amor oque fizeram com nossa casa. Roubaram tudo, roubaram nossa televisão, nosso vídeo cassete. Olha só amor oque aquele cara fez com a nossa casa.

Tatiane desconsolada anda em meio as coisas jogadas no chão, pega dois porta-retratos e os coloca novamente em seus lugares. Dirigem-se ao quarto.

TATI

Nossa, que bagunça que fizeram aqui.

JOÃO

O pior não é nada, olha aqui oh, roubaram todo o meu dinheiro. Até o dinheiro que separei pra pagar a mercadoria.

João junta seus documentos enquanto Tatiane, desanimada, tenta arrumar alguma coisa. Dão uma última olha e dirigem-se para a cozinha.

JOÃO

Meu, depois dessa vou até tomar um vinho, cara.

Dirige-se a geladeira, pega a garrafa de vinho que está na porta enquanto Tatiane senta à mesa. João pega um como no armário, abre a garrafa e Tatiane desabafa.

TATI

Sabe oque é pior, a gente não pode nem chamar a polícia. Me diz uma coisa, oque que a gente faz. A gente não tem dinheiro, a casa tá toda bagunçada. O que que a gente faz.

Então João dá um último gole no vinho e começa a passar mal, coloca o copo sobre a mesa, dirige-se á uma porta externa e começa a vomitar. Tatiane preocupada:

TATI

João, tá tudo bem? Quê que foi João? João que que foi? Oquê que você tem?

SEQUÊNCIA 09

Vinte e um dias depois, no Hospital de Caridade Dr. Alexandre examina João que desfalece num leito enquanto Tatiane observa encostada no umbral da porta com uma lágrima que corta-lhe o rosto.
Ao sair do quarto Dr. Alexandre conversa com Tatiane:

DR. ALEXANDRE

Tatiane, estou preocupado com João. Ainda não consegui descobrir qual é o seu problema. Não sei mais oque fazer. Não posso mais medicá-lo porque ele já esta a ponto de ter uma overdose por estar a 21 dias sem conseguir se alimentar. Tudo que ele tenta

No leito João, com a visão desfocada, observa os dois conversando ouvindo o diálogo com certa dificuldade e então começa a clamar a Deus:

JOÃO (em pensamento)

Meu Deus, meu Deus, oque que eu tenho, nenhum médico sabe qual a minha doença, meu Deus, me ajude, por favor!

João ouve uma voz que lhe diz:

ESPIRITO SANTO (Antônio José)

João Paulo, você desfalece não por doença da carne e sim por doença do espírito.

JOÃO (em pensamento)

Meu Deus, se o Senhor tiver piedade de mim, eu prometo seguir o Teu caminho, ser fiel a Ti e trabalhar na tua obra.

Por um breve momento seus olhos se fecham e abrem logo em seguida. Com a visão recuperada olha Tatiane e o médio no corredor.

JOÃO (emocionado, com uma lágrima no rosto)

Meu Deus! Obrigado pois no teu Santo Dia o Senhor lembrou de mim!

E em seguida vira-se para a torrada e o chá que estão sobre o criado mudo e começa a comer. Tatiane ao ver tal cena chama a atenção do Dr. Alexandre:

TATI

Dr., olha só!!!

E se aproximam do leito.
João olha para Tatiane com a feição revigorada.

JOÃO

Amor, amor, estou curado, não sinto mais nada.

Tatiane e o médio se entreolham assustados. O médico novamente o examina.

DR. ALEXANDRE

Não estou entendendo, percebo mudança no seu rosto mas seu quadro continua o mesmo! Nomal.

TATI

E agora Dr., oque vai ser?

DR. ALEXANDRE

Única coisa que posso fazer, é deixá-lo em observação até amanhã, domigo, e então darei alta...

JOÃO

Poderiam trazer mais torrada?

Tati e o médico se entreolham e começam a sorrir.

SEQUÊNCIA 10

CENAS OFF-SHOT:

MÚSICA – TUDO É PAZ

Senhor meu Deus
Tenho lutado muito pra sobreviver
Pois nesta vida tem barreiras pra valer
(Saindo do hospital)

Estou aqui, escalando a montanha do viver
(dinho mostrando o grande conflito)

E angustiado eu terei que vencer
E angustiado o meu coração se encontra na pior
Pai me socorre pois eu vivo aqui tão só
Preciso muito de tua paz aqui em mim
(caminhando na babitonga ao por-do-sol, sentado no banco da praça com expressão de angústia)

Agora eu sei, que meus amigos não me podem ajudar
Pois nesta vida, meu tormento é singular

(André e traficante num beco fumando um baseado e ele passa olhando com olhar de tristeza)


Só tu Jesus podes minha vida transformar
(chegando no colégio adventista recebendo a Biblia do Pr. Fábio)

Quero sentir o teu amor sublime em meu coracao
E a tua paz perfeita vinda de tuas mãos
(ele estudando a Bíblia em casa)

E que eu possa sentir a tua mão na minha mão
E que eu possa descrever o amor de então
(Cenas na igreja e do Pr. Pregando)

Como num lindo rio onde tudo é paz
(João e Tati descendo ao tanque batismal)

E que eu possa sentir a tua mão na minha mão
E que eu possa descrever o amor de então
Como num lindo rio onde tudo é paz
(Cenas do batismo)

Tudo é paz
Tudo é paz
(Os dois acenando pra igreja)